
FRASE PAI ANDERSON DE XANGÔ A SEUS FILHOS E SIMPATIZANTES
FRASE PAI ANDERSON DE XANGÔ A SEUS FILHOS E SIMPATIZANTES
Para os filhos de santo pedir Maleime as vezes se torna algo meio que corriqueiro, que normal. Mas na maioria das vezes claro, de coração. Mas ao ver um sacerdote se ajoelhar e pedir maleime parece algo quase irreal, parece algo tão estranho e ao mesmo tempo “doido” que muitos de nós não entendemos.
Se ele está para nos guiar, para cuidar do nosso ori, para ser exemplo para cada um de nós, como assim pedir maleime por algo que fez? Ele o faz e faz muito, mas no cantinho, debaixo do congar, ou até mesmo na tronqueira para que lá habita, porém fazer isso para os filhos de santo é algo quase que extinto.
Cair, escorregar, dizer uma palavra equivocada e principalmente pedir maleime é realizar-se a profecia do Pai Cipriano “Seja bem vindo, espero não te decepcionar, mas meu filho vai te decepcionar”. E ao filho saber disso e ter isso muito claro em seu coração, o pedido de maleime de um sacerdote não o torna mais humilde ou menos digno, apenas o torna sacerdote, homem, profeta, responsável.
Desta forma filhos, penso que sempre que o sacerdote não puder olhar em seus olhos e por isso pedir maleime, lembre-se, sua evolução está correta, você está no canjerê correto, você está batendo sua cabeça no lugar correto e, principalmente entregou seu ori a quem deveria ser entregue. E saiba, nem tudo que passa com ele vocês devem saber, até porque a maioria das coisas que passam são espirituais e diretamente ligada a evolução de cada um de vocês.
O chicotear do boiadeiro em suas costas, as espadas de ogum, os murros de Xangô, as correções das entidades, e tantas coisas que ele passa, é sim por ele, mas, mais que nada é por cada um dos filhos, pedindo a eles que não “batam” em vocês mas sim nele, porque isso é amor de pai, isso é ser pai, é doar-se, é errar, assumir e mais que nada, seguir com o olhar sereno e amoroso como aquele dia em que se encontraram pela primeira vez.
Nosso fim ultimo são os orixás e nossas entidades, mas lembrem-se, ELES te apresentaram aquele que vocês chamam hoje de PAI, e como um pai, ame-o e mais que nada, reze, reze muito por ele, pois ele precisa mais de vocês do que vocês imaginam, porque ele é humano, falho e principalmente, muitas vezes se sente pequeno demais para o presente que Olorum lhe deu. Peçamos por nosso Sacerdote dia a dia, incansavelmente.
E a corrente se quebra quando isso acontece? Não, ela se fortalece ainda mais, porque ele sabe que tem Betânias para descansar, tem filhos para abraçar e tem vidas que para ele valem mais do que a dele mesmo.....
Posso errar, escorregar, cair... mas sempre irei me levantar, porque quem me sustenta são os Orixás e as Entidades. Se eles se apaixonaram tanto por minha humanidade, quem sou eu para não dizer um SIM incondicional a eles?
Sarava!
Seu Pai Anderson de Xangô
HISTÓRIA DA UMBANDA
Em 15 de Novembro de 1908 manifestou-se na Federação Espírita de Niterói o espírito que anunciou a religião de Umbanda.
Pelo intermédio de Zélio Fernandino de Moraes o espírito se postou e logo declarou-se como Caboclo brasileiro. Neste diálogo várias questões são abordadas, inclusive sobre a forma com o que o índio estaria se vestindo. Pai Ronaldo Linares, uma das pessoas mais próximas de Zélio foi incumbido da missão de disseminar a história do dia em que uma nova religião foi proclamada, e é ele que a partir desse designo passa a relatar os fatos tal como ocorreram na ocasião.
A Federação Espírita (onde ocorreu a primeira manifestação do Caboclo 7 encruzilhadas) na época era presidida por José de Souza, que questionou sobre as vestes clericais – em referência a integrantes da igreja católica – que o espírito do então Caboclo se vestia.
Respondendo com firmeza, declarou:
“O que você vê em mim são restos de uma existência anterior. Fui padre, meu nome era Gabriel Malagrida, e acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas, em minha última existência física Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um Caboclo brasileiro.” (Caboclo das 7 Encruzilhadas)
O que poucos sabemos é que Gabriel Malagrida em vida, também morou no Brasil. Padre, missionário, pregador assíduo de seus dogmas, nasceu em Milão e peregrinou por entre suas missões no Brasil e Portugal.
Em solo brasileiro, aprendeu dialetos indígenas e viveu com diversas tribos. Acabou tendo contato com os principais xamãs e com os problemas que assolavam e muitas vezes dizimavam algumas populações indígenas. Mesmo correndo risco de vida e enfrentando a resistência de alguns componentes das tribos, efetuou grandes trabalhos levando sempre a sua espiritualidade a quem necessitava.
Fundou diversas instituições no norte do país até que em 1750 resolve partir para Lisboa em busca de subsídios para possibilitar e dar continuidade aos trabalhos realizados. Em suas iniciativas, tinha como objetivo conceber autonomia espiritual, material e mental aos indígenas. Porém, suas ações não agradaram muito a alguns representantes políticos e logo, o padre começou a ser perseguido.
Foi acusado de regicídio, exilado e por fim entregue a Inquisição. Gabriel Malagrida morreu em 21 de Setembro de 1761, condenado a fogueira em um auto-de-fé.
Consciente de sua missão, o Caboclo das 7 Encruzilhadas indagou que a Umbanda seria a manifestação de todos os espíritos que tinham consigo uma grande sabedoria e ancestralidade, porém, não lhe eram permitido espaço dentro das religiões existentes. Visto que em outras crenças, o valorizado eram espíritos ditos como mais evoluídos pelo o que foram em terra.
“Por que não podem nos visitar humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além?” (Caboclo da Sete Encruzilhadas)
Para tal, o que realmente importava era o trabalho realizado, a caridade, o amor e o respeito ao sagrado. Tanto o caboclo brasileiro como padre católico carregam consigo esta mesma mensagem. O Brasil é um dos países mais miscigenados que existe e sendo assim, a Umbanda surge para possibilitar que essas pluralidades possam ser vividas, ouvidas e ensinadas em terra e sentidas em fé.
Assim, no dia seguinte, uma multidão de curiosos, parentes e kardecistas se reuniram na casa de Zélio onde, às 20h, o Caboblo das 7 Encruzilhadas aparecerá para fundar uma nova religião, baseada nos valores cristãos da caridade e do amor ao próximo.
A História da Umbanda então teve início como uma religião que trabalharia com os espíritos sábios pretos velhos e caboclos e atenderia os necessitados de graça. Também foi o Caboclo que disse que os médiuns deveriam trabalhar de branco em casas organizadas por dirigentes e que seguiriam os preceitos de Cristo.